domingo, 24 de mayo de 2009

Sabesp fará limpeza do parque da Aclimação


Este mês a Prefeitura de São Paulo anunciou que a Sabesp fará a limpeza do lago do parque da Aclimação, na região central da cidade. O trabalho deve ser concluído em dois meses. Trata-se de uma boa notícia três meses depois do desastre que fez o lago secar em poucos minutos, quando um vertedouro antigo se rompeu. Se tudo correr bem, as obras devem acabar ainda este ano, antes do prazo previsto anteriormente, em 2010.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, a prefeitura desistiu de contratar uma empresa terceirizada porque existe uma estação de tratamento da Sabesp no parque, que abastece o lago, além do fato de que a empresa pública de saneamento já conhece o local e tem tecnologia adequada.

Após vários protestos de moradores e ambientalistas, a administração pública resolveu fazer algo para resolver o problema de um dos símbolos da cidade, inaugurado em 1939. Muitos de nós pensamos que a sujeira continuaria embaixo do tapete (neste caso, sob o lago) por algum tempo, até a limpeza ser de interesse político do prefeito.

Principalmente porque, depois da seca do lago, em vez de aproveitar a situação para efetuar a limpeza, a prefeitura tirou um ou dois pneus que estavam mais à vista e o encheu de novo, mesmo numa situação de calamidade. O lodo e os entulhos continuam lá, encobertos por uma vistosa lâmina d’água.

O lago do parque secou no dia 23 de fevereiro, quando um equipamento que controla o nível da água, o vertedouro, se rompeu. Comovida, a população foi em busca dos animais. Cisnes e peixes ficaram “sem chão”, cheios de lodo. Alguns morreram. Logo depois da tragédia, o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, estimou o custo da limpeza entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.

Moro a dez minutos de caminhada do parque e também tive a oportunidade de fazer uma matéria no local no dia 28, quando o lago começava a ser enchido novamente. Não pude ver de perto o momento do desastre, mas percebi a indignação dos frequentadores. E também vi funcionários da prefeitura retirando objetos superficiais da montanha de lodo e esgoto que se esconde sob a água do lago. Foram retirados plásticos, pneus, pedaços de cerâmica, tijolos. Um morador disse já ter visto um sofá rodando em direção ao lago, numa chuva forte, há algumas décadas.

Diante de um descaso que existe há várias administrações, a população deve ficar atenta e fiscalizar as obras de limpeza. Além de participar do movimento dos moradores e ecologistas, deve utilizar o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da prefeitura, aberto a reclamações. Nossa cidade tem tão poucas opções de lazer e natureza... Não podemos permitir que elas sejam abandonadas pelo poder público.

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